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HÁ IDADE PARA NOS APAIXONARMOS OU AMAR?

Atualizado: 25 de jan. de 2022

Claro que há idade para nos apaixonarmos e amar. Qual é?


A idade que tem hoje é idade para se apaixonar ou amar novamente. E quanto mais idade temos mais sensibilidade deveremos ter para perceber o caminho que queremos seguir e ousar avançar. Mais capacidade temos, também pela experiência, para perceber se a pessoa que nos surpreende e que por um ou vários motivos admiramos é a pessoa que queremos vir a amar, porque o amor cresce. Em todas as idades o amor nasce jovem, tantas vezes começa por uma grande paixão, por uma paixoneta ou por incidente, e cresce até atingir a maturidade.


Quanto à paixão, que dizem ser próprio dos mais jovens, pode acontecer em qualquer momento da vida, mas refina-se a partir de uma determinada idade. A partir dos quarenta ou cinquenta é preciso que a pessoa que nos desperta interesse e curiosidade seja verdadeiramente especial e se assemelhe a um cocktail raríssimo, capaz de nos fazer levantar os pés do chão. Não necessariamente se sente borboletas na barriga, como se costuma dizer. Por vezes, surge apenas uma vontade de andar de mão dada pela rua e caminhar à descoberta dessa pessoa que nos parece poder ser a tal, beber mais momentos desejando que não se acabem demasiado depressa.


A verdade é que a experiência de vida e até as várias experiências amorosas tornam mais difícil encontrar a tal pessoa que nos surpreenda e nos faça a pouco e pouco querer entrar de corpo e alma numa relação. Ainda que se deseje verdadeiramente viver uma relação, já não estamos dispostos a abdicar de valores que nos conduzem na vida, de objetivos próprios e, sobretudo, de deixar de ser quem somos, especialmente, quando se faz um percurso de descoberta, redescoberta ou reencontro com a nossa identidade.


Uma parte muito positiva de nos permitirmos apaixonar ou amar numa idade mais avançada, já com filhos adultos e até netos, é que estamos mais livres de justificar os nossos atos a outros que não a nós próprios. Não que não seja importante a opinião de quem nos quer bem sobre a pessoa que queremos ao nosso lado, mas porque a maturidade e a experiência devem vencer as forças de bloqueio que nos impedem tantas vezes de nos deixarmos apaixonar e amar. Apesar das muitas condenações ou preconceitos de viver novos romances numa fase mais sénior, o que verdadeiramente importa é manter a capacidade de sentir e de ousar experienciar momentos que nos proporcionem sorrisos, inspiração e emoções que nos façam sentir prazer em viver. Se a paixão poderá ter algum poder para aprisionar, amar tem sempre o poder de libertar e se acontece de forma diferente, então, não é amor. Em todo o caso, vale a pena deixar-se apaixonar novamente e amar, pois há mais a ganhar do que a perder ao ousar.




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