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E QUE TAL UM BOM RELACIONAMENTO?

Atualizado: 25 de jan. de 2022

Nos dias de hoje, talvez desde sempre, existe uma pressão natural, social e cultural para se ter um relacionamento. Introduzido este "detalhe" na tela quase pronta, podemos colocar assinatura no quadro do sucesso.


A perspetiva de estar só não agrada ao ser humano de uma forma geral e a ideia de "ter um relacionamento" sobrepõe-se à ideia de "ter um bom relacionamento".


O casamento contínua a ser desejado, inclusivamente por aqueles que afirmam não o desejar, até encontrarem alguém que preenche os requisitos mínimos ou corresponde ao seu sonho de pessoa ideal. Afinal, não querer é muitas vezes a forma mais fácil de lidar com a frustração de não encontrar "a pessoa" ou não ser encontrado, no caso de quem alimenta a esperança de tropeçar no amor da sua vida sem nada fazer. Hollywood no seu melhor ou créditos a Walt Disney pelas estórias de príncipes e princesas com final feliz.


Eis que se tem um relacionamento com alguém, mas à velocidade da "evolução" surge o pensamento que talvez haja uma pessoa mais certa. Um pé cá e um pé lá, seja lá onde for. Ou então, passa-se a viver o conforto de estar sozinho acompanhado. Contas feitas, ao longo do tempo há momentos bons e momentos menos bons, que são rotundas na via rápida do "relacionamento assim assim", por isso segue-se com alguma atenção ao limite da velocidade, para evitar o tal acidente fatal.


Tem-se ambição por uma carreira de sucesso, ambição por um determinado estilo de vida e, não poucas vezes, revela-se uma falta de ambição por um relacionamento amoroso feliz, saudável, de crescimento mútuo. Vamos ficando ou vamos mudando. Vamos seguindo um rumo sem saber muito bem o que desejamos encontrar na outra pessoa, o que liga bem connosco. Caminho difícil por não sabermos quem somos, o que é importante para nós, o que queremos dar ao outro e o que definitivamente não queremos aceitar na nossa vida. Talvez a sorte se mostre providencial. Em contrário, é o destino. Aliás, o Fado continua a correr nas nossas veias, quer se aprecie ou não o estilo.


O desafio é elevar padrões, ter maior autoconhecimento, ter uma visão do relacionamento que desejamos e da pessoa com quem queremos partilhar a vida, festejar os sucessos, enfrentar as adversidades, mas sem sarilhos!


Ao encontrarmos uma pessoa e para saber se poderá ser "a certa", a pergunta para um milhão de dólares poderia ser "Que valores temos em comum?". Depois, é viver. Despertar a curiosidade e abraçar o improvável.


Por outro lado, se temos um relacionamento, talvez mais importante do que perguntar "Vais amar-me quando já não for bonita?", seria perguntar "Sentes amor por mim?"


Viver é um risco e morrer uma certeza. O tempo passa. As emoções sucedem-se como notas musicais de uma melodia que nos pode ensurdecer ou encantar. O segredo... controlar o volume.



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